Investir em renda variável é um caminho que muitos investidores buscam para potencializar seus ganhos. Nesse sentido, comprar ações pode ser uma boa oportunidade de maximizar os lucros, mas exige atenção.
Antes de começar a investir em ações, é preciso se questionar quanto aos objetivos financeiros, prazo de investimento, perfil de risco, custos, tributação e características do mercado acionário.
Neste artigo, explicaremos que perguntas é preciso se fazer para investir em ações de forma mais responsável e inteligente, visando obter os melhores resultados possíveis.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
Por que é importante conhecer o perfil de investidor?
É fundamental conhecer o perfil de investidor antes de começar a investir em ações, porque esse é um tipo de investimento que não é recomendado para todo mundo. Investimentos em renda variável, como ações, apresentam maior volatilidade e incerteza e, portanto, envolvem alguns riscos.
Por isso, são investimentos mais voltados para investidores de perfil moderado a arrojado, que têm uma tolerância maior ao risco do que os investidores conservadores.
Investidores de perfil moderado podem se sentir mais confortáveis investindo em ações de empresas sólidas e boas pagadoras de dividendos, enquanto os de perfil arrojado costumam priorizar empresas em crescimento, com maior potencial de valorização, mas também com uma volatilidade mais alta.
Sem essa clareza, a chance de vender os papéis na hora errada por medo ou ansiedade é enorme.
Como definir objetivos claros para investimentos em ações?
Definir os objetivos do investimento antes de alocar o dinheiro em ações é de suma importância. O mercado acionário oferece diferentes caminhos, como valorização patrimonial, geração de renda passiva ou mesmo especulação de curto prazo, e cada um exige abordagens, riscos e horizontes de tempo distintos.
Se o investidor não estiver certo do objetivo a ser alcançado ao investir em ações, pode correr o risco de adotar estratégias incoerentes com suas necessidades financeiras e tolerância ao risco. Um objetivo bem definido deve contemplar três dimensões: prazo, retorno esperado e tolerância ao risco.
No que diz respeito ao prazo, é preciso entender quanto tempo é possível deixar o capital investido e quando será necessário vender as ações para convertê-las em dinheiro. No que concerne ao retorno esperado, é preciso ponderar se o foco é acumular patrimônio ou gerar fluxo de caixa recorrente (via dividendos). Isso é essencial na hora de escolher as ações em que se quer investir.
E acerca da tolerância ao risco, é necessário avaliar a capacidade de lidar com perdas financeiras temporárias para evitar decisões emocionais em momentos de queda.
Qual é a relação entre prazo e risco no mercado acionário?
No mercado de ações, prazo e risco são variáveis diretamente relacionadas: quanto mais curto for o horizonte de investimento, maior é a probabilidade de perdas decorrentes da volatilidade e, quanto mais longo, maior é a chance de diluição desses riscos.
A volatilidade tende a ser elevada no curto prazo, porque fatores externos impactam fortemente o humor dos investidores. Em janelas mais curtas de tempo, esses choques podem provocar oscilações expressivas, tornando o risco de perda mais significativo.
Entretanto, no longo prazo, o comportamento das ações converge para os fundamentos das empresas: lucratividade, geração de caixa, inovação, governança etc.
Custos e taxas: o que considerar antes de investir em ações
Investir em ações envolve não apenas escolher as empresas mais promissoras e construir uma carteira equilibrada e com alto potencial de lucro: é preciso considerar também os custos inerentes ao investimento.
Um dos principais é a taxa de corretagem cobrada pelas corretoras de valores a cada ordem de compra ou venda executada. Algumas oferecem taxa zero, e vale a pena pesquisar sobre isso antes de investir.
Também é preciso considerar emolumentos e taxas de negociação cobradas pela própria bolsa de valores sobre cada operação, bem como as taxas administrativas para quem investe em fundos de ações ou ETFs.
E, é claro, é necessário considerar a tributação do Imposto de Renda. No caso de operações comuns, sobre o ganho líquido é empregada a alíquota de 15%. As operações de day trade, por sua vez, têm alíquota superior: 20% sobre o ganho líquido. Há isenção para vendas de até R$ 20 mil por mês no mercado à vista para pessoas físicas.
A importância da educação financeira para começar a investir com segurança
Investir em ações requer conhecimento sólido sobre o funcionamento do mercado, sobre os principais produtos financeiros disponíveis e sobre gestão de riscos. Nesse sentido, a educação financeira é indispensável: ela é um instrumento de proteção que aumenta as chances de sucesso e reduz a probabilidade de decisões impulsivas.